quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ele Merece!

A convocação de Ronaldinho Gaúcho para jogar novamente pela seleção brasileira é mais do que justa. Ele vem fazendo um bom campeonato pelo Flamengo, e nada mais justo do que dar ao craque mais uma chance de vestir a amarelinha. Porém, tenho visto muitos comentaristas e torcedores criticarem essa convocação sob as mais diversas justificativas, o que me parece um tanto injusto.

Ronaldinho já não é um garoto, ele já está na casa dos 30 anos e chegará na Copa de 2014 com 34, o que não é nenhum alento para uma equipe que busca uma renovação, um renejuvescimento. Todavia, com uma carreira com raras lesões o R10 tem um grande potencial técnico para servir a seleção. Não são poucos os exemplos de jogadores veteranos que foram bem em campeonatos mundiais da FIFA. O camaronês Roger Milla, os alemães Lotar Mathaus e Miroslav Klose. Maradona fez três grandes partidas aos 32 anos na Copa dos Estados Unidos, até ser pego no anti dopping.

Até entendo quando alguns dizem que o R10 não tem tanto a oferecer a seleção e que os talentos que temos hoje podem tranquilamente suprir as necessidades da nossa esquadra nacional. Mas o que eu não admito é falar que não pode convocar Ronaldinho porque isso irá prejudicar o flamengo. Isso é um absurdo! Qualquer time grande que se preze quer ser campeão de todos os torneios que participa e para tanto é essencial ter um elenco forte com grandes jogadores. 

Nada mais justo então que levar para a seleção, a maior honra para um jogador profissional, os melhores e mais talentosos atletas que estão desenvolvendo o melhor do futebol em seus clubes. Justificar isso seria o mesmo que o Real Madrid contratar o Cristiano Ronaldo e não querer que ele seja convocado para a seleção portuguesa.
Ronaldinho Gaúcho é o mais espetacular jogador que vi jogar. Ele não é, necessariamente, o melhor, mas com certeza o mais habilidoso e o que consegue fazer coisas impensáveis com uma bola no pé. A sua genialidade e percepção de jogo, aliadas a um talento incrível para fazer lançamentos que, de tão perfeitos, não fariam feio frente à Gerson, o nosso canhotinha de ouro.

Eu o vi jogar na Ilha do Retiro uma vez, quando o Sport foi eliminado pelo Grêmio, nas quartas de final da Copa João Havelange. A, até então, promessa do time gaúcho fez o gol que eliminou o Leão pernambucano em seu estádio. Mas não apenas isso; ele fez uma partida esplendorosa deixando a zaga rubro negra, como sua torcida, apreensivos durante os mais de noventa minutos de jogo. Nunca vira um jogador como ele, mas sabia que ele ainda nos daria muita alegria e já o imaginava na seleção junto com Ronaldo Fenômeno  e Romário que  era o craque do Vasco da Gama.

Eu particularmente acredito que o Ronaldinho ainda tem algo a oferecer e pode muito bem ser um jogador de elenco e não a estrela da seleção canarinha na Copa de 2014. Ele é muito profissional, tem um bom relacionamento nos clubes que joga, alegra o ambiente, além de poder decidir um jogo em uma jogada de habilidade, como naquele gol contra a Inglaterra em 2002. Ele pode até repetir uma atuação como a que teve contra o Santos na Vila Belmiro. Ele com certeza será uma opção mais válida do que foram Kleberson e Júlio Baptista na última Copa e Elano na Copa América da Argentina.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Na Gaveta da Coruja

Primeiro gol da série Na Gaveta da Coruja, onde o que vale é acordar essa ave preguiçosa!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Identidade Goleiro

Muitos torcedores e comentaristas reclamam que, no Brasil, não existe mais o amor à camisa, que os jogadores profissionais não têm mais uma profunda identificação com os clubes que defendem (salvo raras exceções ) e que vão para onde o dinheiro aponta. Faz-se uma comparação com grandes clubes da Europa onde boleiros passam carreiras inteiras em um único clube, jogando por lá 10, até 20 anos.
Aqui no nosso País, ao menos uma posição, percebe-se claramente essa particularidade: a de goleiro. Posição que, segundo os poetas da bola, de tão miserável e ingrata que é não deixa nem crescer a relva sagrada do campo de jogo. São jogadores cuja função é a mais ingrata do mundo do futebol; a de evitar o seu momento mais sublime, o gol. Eles ficam durante muito tempo observando o jogo sozinhos, comemoram gols, em grande parte das vezes, sós (ressalvando os goleiros artilheiros).
O caso mais emblemático e representativo é de Rogério Ceni. O arqueiro, que desde 1997 tomou para si a guarda da meta do São Paulo Futebol Clube, quando substituiu o maravilhoso Zetti, já está prestes a completar 1000 jogos pelo tricolor paulista, além de alcançado a incrível marca de 100 gols marcados pelo clube, fato que o alçou a ser o maior goleiro artilheiro da história do futebol mundial. O ápice de sua carreira foi a final do Mundial de Clubes em 2005 quando Rogério fechou o gol tricolor contra o poderoso Liverpool, da Inglaterra. Fez memoráveis defesas, principalmente em sua falta batida pelo capitão da equipe inglesa, Steven Gerrard. Ceni não é apenas um jogador do clube paulista, ele é o líder do elenco, o símbolo de um clube campeão, que é exemplo para muitas agremiações. Mas, acima de tudo, ele é um exemplo de profissionalismo e de como se deve levar a sério o futebol profissional.
O segundo da lista é Marcos do Palmeiras. Apelidado carinhosamente de São Marcos, após substituir Velloso, um dos maiores ídolos do clube, durante a Taça Libertadores, de 1999. Com defesas fantásticas e dono de um incrível reflexo para defender pênaltis, ele foi alçado a condição de santo. O ponto alto da vitoriosa campanha no torneio sul-americano foi a eliminação do arqui rival Corinthians tendo Marcos defendido um pênalti do pé de anjo do Parque São Jorge, Marcelinho Carioca. As suas excelentes atuações o credenciaram para ser o titular da Seleção Brasileira da campanha do pentacampeonato, na Copa de 2002. Ele sucumbiu junto com a equipe palmerense para a segunda divisão e subiu de volta para a elite do futebol nacional pela equipe alviverde. Porém, depois do torneio mundial o santo alviverde sofreu com contusões que minaram sua carreira, mas não diminuíram sua condição de ídolo e principal representante da fértil academia de goleiros do Palestra.
O terceiro não atuou apenas por uma equipe, mas Harlei, goleiro do Goiás desde 1999, criou uma profunda identificação com o esmeraldino goiano. Ele já levou o time da Série B para a Série A, recentemente fez o caminho de volta, mas ainda hoje aos 39 anos, está longe de ser contestado. Pelo contrário, ele é chamado de muralha esmeraldina pela imensa torcida do clube goiano. Harlei é a segurança da defesa goiana e o atual capitão já levantou diversos troféus pela equipe e, no ano passado, foi vice campeão da Copa Sul americana, mesmo sendo o time rebaixado para a segunda divisão. O arqueiro do Goiás pode não ter alcançado o sucesso dos dois anteriores, mas o mineiro, ídolo do maior clube do central do Brasil, é um exemplo de fidelidade e identificação.
Existem ainda, na minha percepção, outros três goleiros que merecem destaque. O primeiro deles é Magrão, que defende o Sport Recife há seis temporadas, mas galgado a posição de principal ídolo dos últimos anos. Carlinhos Bala, Ciro e Marcelinho Paraíba não se igualam ao paredão da ilha cujo prestigio está mobilizando torcedores que querem construir uma estátua do ídolo na sede do clube. Fábio, do Cruzeiro, é outro que merece destaque. O jovem arqueiro do clube mineiro já foi com a raposa a uma final de Libertadores e, desde o lendário Dida, a equipe não tinha um grande ídolo debaixo das traves. Por último, Victor, do Grêmio. O tricolor Gaúcho já estuda propor um contrato vitalício ao arqueiro que preencheu a lacuna deixada pelo ídolo Danrley, que conquistou com o Grêmio a Taça Libertadores de 1995.
Ainda estamos a quilômetros de distância em comparação com os clubes europeus, mas o abismo que separa essas duas realidades está, hoje, um pouco menor. Se um dia conseguirmos fazer e manter nossos jogadores por aqui e, a partir daí, tentar introduzir na cultura dos boleiros brasileiros a fidelidade ao clube será ótimo. Então, nada melhor do que começar pelos goleiros, afinal de contas quem não precisa de um ótimo camisa 1?

Que coisa linda é uma partida de futebol!

Um jogaço! Essa é a melhor definição para partida entre Santos e Flamengo, na última quarta-feira, na Vila Belmiro, estádio que serviu de palco para inúmeros espetáculos protagonizados pelo Santos de Pelé. O que se viu no gramado do estádio santista, principalmente, por Neymar e Ronaldinho Gaúcho foi digno de celebração por todos os reinos do esporte bretão.
A velocidade do Santos de Neymar é impressionante. A capacidade de uma equipe, que, enfim, estreou completa na 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, manteve-se quase intacta mesmo depois de suas estrelas ficarem afastadas por um longo tempo devido à participação deles na Copa América. Com uma ressalva feita a Paulo Henrique Ganso, que ainda não conseguiu desenvolver o futebol conhecido pelos brasileiros, Elano e Neymar jogaram muito bem, principalmente este último que fez 2 gols, sendo o primeiro gol do jovem atacante do peixe digno de placa.
Quando Neymar recebeu a bola, na ponta esquerda, ele recebeu o combate de dois marcadores, mas o lateral Leonardo Moura, um dos melhores do Brasil, e o volante Willians não conseguiram impedir o avanço do atacante na diagonal, em direção ao gol. O camisa 11 deu um toque com o lado de fora do pé para Borges, que esperou o avanço de Neymar e tocou a bola para o jovem atacante ao lado da meia lua da grande área. Quando o atacante santista recebeu a bola, ele, com um leve toque, deu um drible da vaca no experiente zagueiro Ronaldo Angelim, cuja idade é quase o dobro da de Neymar. O toque final, que encobriu o goleiro Felipe e abraçou o fundo das redes, foi a cereja do bolo, o grand finale de uma obra prima da mais pura arte do futebol brasileiro.
Há de se ressaltar, também, a atuação de gala com a qual Ronaldinho Gaúcho presenteou, em solo brasileiro, pela primeira vez, o público tupiniquim. Seus espetáculos, muito próximos ao de um jogador virtual de videogame, com tantos malabarismos e dribles fenomenais não encantavam há muito tempo. As firulas dos tempos de PSG e Barcelona ficaram para trás, mas o show de técnica de objetividade do camisa 10 da Gávea passa uma borracha nas atuações protocolares, quase programadas, do RG10 e a esperança de uma volta do seu mágico futebol parece menos distante. A cobrança de falta por baixo da barreira foi um ato de gênio, realmente digno de uma majestade do futebol. Ronaldinho honrou, com sobras, a camisa imortalizada por Zico.
Muito se falou sobre a má atuação dos setores defensivos de Santos e Flamengo, mas convenhamos que isso é para os que não apreciam o futebol jogado à brasileira, o futebol que fez o Brasil ser reconhecido como o País do futebol arte. Essa evolução tática e física no futebol o tornou, em parte, chato. Os treinadores, muitas vezes, preferem uma “goleada” de 1x0, pois vale os mesmos 3 pontos de um 5x4. Todavia, não é o pragmatismo que lota os estádios e jogadores como Ronaldo, Neymar e Ronaldinho são reverenciados justamente por fugirem do pragmatismo. “Eu quero ver gol, não precisa ser de placa, eu quero ver gol”, essa música do Rappa traduz bem o desejo do brasileiro quando vai ao estádio ver o seu time jogar.
Essa maravilhosa partida ficará imortalizada como um dos maiores clássicos da história do futebol brasileiro. Vai ser um jogo que eu contarei aos meus filhos e netos (quando eles vierem), como um dos mais emocionantes que vi na vida. Nem mesmo um estúpido ato de racismo de alguns torcedores do Santos por meio de agressões verbais ao atacante do Flamengo, Diego Maurício, é capaz de manchar a noite em que o espírito esportivo de duas equipes da mais alta tradição no Brasil protagonizaram, presenteando os espectadores com o melhor do que o futebol pode oferecer. Quem comprou o ingresso para assistir na Vila Belmiro deveria guardá-lo como recordação de uma noite em que o futebol nos fez esquecer quaisquer problemas por aqueles mágicos 90 minutos. 

Isso não é futebol

A agressão feita pelo goleiro Gustavo, do Sport, contra o jogador Elivelton, do Vasco da Gama, durante a Taça BH de futebol Júnior foi um ato extremamente intempestivo, descontrolado e absurdamente covarde, mas, infelizmente, não é um caso isolado no futebol brasileiro. O descontrole emocional do atleta foi a exteriorização de uma ausência quase total da formação dos jogadores não apenas como atletas profissionais, mas também como seres humanos.
O exemplo que os jovens atletas têm de jogadores consagrados como Edmundo, que já se meteu em inúmeras confusões dentro e fora de campo, inclusive tirando a vida de pessoas, como também de Adriano e Vagner Love que se deixaram fotografar e filmar em festas promovidas por traficantes e simplesmente dizem que não vão abandonar suas raízes e não existe nenhum tipo de conseqüência não estimula, de forma nenhuma a boa formação cidadã dos jogadores das categorias de base em nosso futebol.
O próprio Sport  Club do Recife não dá um bom exemplo de conduta com atletas do seu elenco profissional envolvidos em casos de agressão. Na final do Campeonato Pernambucano 2011, o meia Marcelinho PB agrediu Everton Sena, jogador que o marcou, sempre de forma leal, nas duas partidas que decidiram o Estadual deste ano. O meia do Sport deu um soco por trás, sem chance de defesa, no atleta do Santa Cruz, foi devidamente expulso pelo árbitro da partida, mas a diretoria do clube não tomou nenhuma atitude disciplinar próxima a que resultou na demissão do jovem goleiro.
Não que a demissão seja errada, de forma nenhuma, mas uma agressão é uma agressão e deve ser tratada da mesma forma independente de quem a comete. Não é porque um está no começo da carreira e outro no final, que este último não responda de forma equânime. Esse juízo de valor torto e essa certeza, ou quase, de impunidade podem ter aumentado a influência sobre Gustavo para que ele cometesse um ato de tamanha insensatez. A presidência do Sport já anunciou que irá fazer um acompanhamento psicológico com o atleta para tentar identificar se existe algum problema dessa ordem com o jogador. Atitude louvável, mas repito por que não o fez também com Marcelinho?
Mas apenas a punição sumária da demissão é mais uma satisfação para a mídia e para os moralistas do que uma solução prática ajudar a pessoa humana. Casos recentes, como o do atacante Jóbson, do Bahia, mostram que muitos atletas problemáticos que tiveram uma segunda chance, às vezes até uma terceira, conseguiram dar a volta por cima e usufruir do esporte de maneira extremamente saudável, jogando o mais puro futebol. Não se pode simplesmente pegar um jovem jogador e bani-lo do clube. A punição tem que existir, mas antes de ser um jogador de futebol ele é um ser humano, passível de cometer erros.
O pior é que na semana anterior jogadores dos juniores do Clube Náutico Capibaribe pregaram um trote em um, pura coincidência, goleiro recém chegado do Rio Grande do Sul. O trote não foi uma brincadeira para fazê-lo interagir com seus novos companheiros de clube, mas uma covarde agressão regrada a socos e pontapés que fez o goleiro gaúcho fugir do alojamento dos atletas pular o muro dos Aflitos para pedir socorro e durante essa “fuga” ele machucou os dois pés. Por sorte não teve nenhuma fratura grave e sua carreira não será afetada por este fato. Os responsáveis pelas categorias de base do Náutico estão averiguando quem foram os responsáveis pela “brincadeira” e punir proporcionalmente à participação no caso, incluindo os que se omitiram tanto em ajudar o goleiro, como em avisar os dirigentes.
O futebol faz parte da essência do que representa ser um brasileiro, ele é um espelho de nossa sociedade. Não é possível imaginar o nosso País sem o esporte que o representa mundialmente. É fundamental que a discussão sobre a formação dos nossos atletas seja profunda, não podemos nos dar ao luxo de criar jóias amorfas encefalicamente, puramente programadas para realizar movimentos dentro de um campo de jogo, devemos nos preocupar com a formação e a educação dos nossos atletas que servem de exemplo para milhões de crianças de jovens no Brasil e no Mundo.

Rock n´ Roll

Eu amo o Rock, ele faz parte da minha vida desde os 8 anos. É um estilo que define muito do que eu sou e é o tipo de música que me faz sentir parte de algo maior. Minha primeira experiência com o rock era quando meu irmão mais velho ia me visitar e ele sempre carregava consigo umas fitas k-7 do Rush e do Pink Floyd, as quais invariavelmente iam parar na radiola do nosso pai. Acredito que ele não gostava muito daquilo, mas nunca perguntei.
A grande virada musical da minha vida aconteceu em 91, mais precisamente no Rock in Rio II. Assisti todos os shows que passavam na televisão e eu virei um imediato fã do Sepultura, do Guns n´ Roses e do Judas Priest, o que não era pouco para um moleque de 10 anos da provinciana Recife. Lembro que os vendedores das lojas de discos (principalmente da extinta Aky Discos) ficavam meio abismados comigo comprando discos como o Appetite for Destruction, do Guns que tem uma mulher estuprada na capa ou então o Arise e o Beneath the Remains do Sepultura com figuras no mínimo grotescas em suas capas.
Muitos, ainda hoje, acham que eu tenho problemas por causa desse meu gosto musical peculiar. Não dá pra explicar o sentimento que envolve o Rock/Heavy Metal para aqueles que não gostam ou não respiram esse estilo. Infelizmente o preconceito vem dos dois lados e como eu não sei quem começou essa briga eu me abstenho das inférteis discussões a respeito e ignoro quem fala o que não sabe. O meu incomodo pela esteriotipação, pelas piadas ou pela estupidez ignorante passou junto com a minha adolescência.
Não há nada mais revigorante do que uma boa música. Nada melhor do que um bom e velho Trash/Death Metal para extravasar as raivas;  Creeping Death  e Roots Bloody Roots são as minhas prediletas. Os hinos do metal melódico são ótimos para a auto estima, dá uma sensível melhorada no humor. E aquele rockzão tradicional do Deep Purple, do Scorpions, dos Titãs, dos Paralamas é perfeito para curtir com a galera. Isso sem falar na diversão garantida que é ouvir os protestos do descompromissado “três acordes” do punk rock.
Todo mundo gosta, gostou ou ainda vai gostar de Rock, tendo em vista que é um estilo com diversos subgêneros e que está infiltrado em todos os cantos do mundo (apesar do mundo ser redondo). E a todos que gostam desse maravilhoso estilo musical eu desejo um FELIZ DIA DO ROCK!
13 de julho de 2011

Isso é só o começo

Não foi a estréia que se esperava. A seleção de Mano Menezes ficou muito aquém do esperado por toda a expectativa que há com relação às novas jóias do futebol brasileiro. Ganso e  Neymar não produziram nem 20% do que, normalmente, fazem pelo time do Santos. É obvio que não é correto já começar a jogar pedras e chamar esse ou aquele de amarelão, como também dizer que o técnico é burro, até porque se existe alguém preparado para assumir a Seleção Brasileira, este é Mano Menezes. Já levantou dois gigantes que caíram para a Série B, levou o Grêmio à final da Libertadores, foi Vice-Campeão da Copa do Brasil em 2008 e depois Campeão em 2009, ambas pelo Corinthians Paulista.
Quando eu era adolescente, me lembro bem das goleadas de 6, 7, 8 gols do Brasil sobre a Venezuela. Lembro do massacre de Careca, do golaço de Ronaldinho Gaúcho. Essa é a minha memória venezuelana. Parece que quanto mais afunda na ditadura do Presidente Hugo Chavéz mais cresce o futebol no país sulamericano que tem como esporte número 1 o baseball. É evidente a evolução em termos táticos e técnicos do nosso vizinho do norte, mas esperar não menos do que uma convincente vitória diante dos venezuelanos é desmerecer o futebol brasileiro, ainda muito superior.
Tudo bem, concordo com essa história de que não há mais bobo no futebol. As equipes mais fracas armam esquemas ultra defensivos e se tiverem uma única chance de fazer um gol será ela aproveitada (ou ao menos tentada). Esperar uma Venezuela assim não é nenhuma surpresa, mas sim um Brasil apático com jogadores sem movimentação, só esperando a bola no pé. Pareciam sem disposição, salvo raras exceções, sem vontade de correr, brigar. Pareciam mais estar cumprindo uma obrigação de jogar do que um prazer, um orgulho de representar a Seleção Brasileira. Mano é um técnico que cobra muito dos seus atletas e não de deixar os atletas fazerem corpo mole. Ele já vem testando algumas mudanças nos treinos da semana.
É necessário ter ainda um pouco de paciência com esse time time, que ainda está sendo arrumado. Agora, é válido ressaltar que, em parte, o Dunga tinha razão. Ganso e Neymar tremeram, sentiram a responsabilidade na estréia da Copa América, imaginemos na Copa do Mundo, como não seria? O ex-técnico da seleção pode até ter errado em muitos outros aspectos, mas neste, especificamente, parece que não. Esperemos cenas dos próximos capítulos.