sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pimba na gorduchinha


Finalmente! Depois de pouco mais de um mês de férias, o futebol pernambucano deu o pontapé inicial na temporada 2012. O trio de ferro da capital pernambucana formado por Náutico, Sport e Santa Cruz conseguiu terminar 2011 de maneira melhor do que começou. Os dois primeiros conseguiram acesso à elite do futebol nacional e o tricolor saiu da amaldiçoada Série D. Apesar deste ano não reservar a rivalidade pela conquista do hexacampeonato, a motivação pelos bons resultados nas competições nacionais tende a esquentar os ânimos em um dos principais torneios estaduais do País.

Toda a festa na concentração da torcida antes do jogo seja no Ginásio Marcelino Lopes na Ilha, em frente à sede do Timbu em plena Avenida Rosa e Silva ou na Avenida Beberibe vai colorir a Veneza brasileira. A luta pela conquista de um título estadual, na maioria das vezes é o único de toda a temporada, vai ser acirrada; o Sport quer aumentar sua hegemonia de maior conquistador do torneio, o Náutico quer acabar com um jejum de 7 anos sem títulos e o Santa defenderá com unhas e dentes o seu trono de campeão na busca pelo bi.

KI novela foi EZA ?

Desde o final da Série B, o Náutico tinha um objetivo muito claro: renovar com suas principais estrelas para a temporada 2012, pois o nível na Série A obriga as equipes a jogar sempre em nível mais alto. A diretoria alvirrubra conseguiu bons êxitos, como a permanência de Ronaldo Alves, Derley, Elicarlos e Eduardo Ramos. Todavia, Kieza, artilheiro da equipe no ano e da Série B, com 21 gols, não vai voltar a vestir a camisa do Timbu, pelo menos em 2012. Não houve acordo entre Náutico e Cruzeiro, que pedia cerca de R$ 3 milhões pelos direitos federativos do atacante, dinheiro este que o clube da Rosa e Silva não tinha e nem teve o manejo para negociar com a Raposa mineira. Resultado: a equipe perdeu sua principal peça de ataque, sobre a qual girava o esquema de jogo do alvirrubro. O jogador foi negociado por R$ 2 milhões com um grupo de empresários que desejam colocar atacante para jogar em relvados europeus.

Bala na Agulha

O mais querido foi quem impactou o mercado para reforçar o seu elenco. Primeiro contou com o retorno do volante Léo, que estava emprestado ao Botafogo(RJ), que vai dar melhor qualidade ao passe na passagem da defesa para o ataque. Além dele, chegou o atacante Dênis Marques, que teve uma bem sucedida passagem pelo Atlético Paranaense, quando chegou a ser artilheiro da Série A em 2004. Mas nenhuma contratação foi tão falada quanto a de Carlinhos Bala. O polêmico meia atacante, que já defendeu os três grandes da capital, já tinha sido rejeitado pela diretoria coral no inicio do mês de janeiro, aliás pelo  trio de ferro antes de receber essa nova chance no clube ele apareceu para o futebol. Mas com a moral de um grande manager o técnico Zé Teodoro “bancou” a vinda do atleta que estava sem clube após se desligar do Fortaleza(CE).

A nova savana do Leão

O Sport já fez 10 contratações, mas nenhuma que causasse forte ânimo no torcedor rubro negro, que sempre é muito exigente com quem chega para defender a esquadra da Praça da Bandeira. O que mais chamou a atenção no clube foi uma reforma no Estádio da Ilha do Retiro, que recebeu um gramado completamente novo, além de uma nova pintura na arquibancada e nas duas gerais, a da Jovem e a do placar. Os principais destaques para o time profissional foram a chegada do artilheiro Jheimy, que estava no Boa Esporte(MG) e do volante Rivaldo, do Palmeiras (SP). O atacante, inclusive vai tentar quebrar uma ”maldição” que ronda a Ilha impedindo os camisas 9 de manterem a sua fama quando vestem a camisa do Sport. O clube rubro negro chamou mais a atenção fora das quatro linhas desde o fim da última temporada: primeiro com um suposto caso de estupro envolvendo o meia Marcelinho PB e com a dispensa do meio campista e ídolo Daniel Paulista.

Agora é assistir a um campeonato que é apaixonante e conta com uma torcida empolgada e sempre presente aos estádios. A torcida sempre fica para o torneio ser equilibrado e disputado dentro das quatro linhas onde a rivalidade dá um tempero especial e o amor do pernambucano pelo futebol faz este torneio uma cereja no bolo dos amantes desse esporte bretão. Se não há uma técnica apurada e refinada, nunca falta vontade, raça e comprometimento de todos que compõem este espetáculo. Que as batalhas se resumam as quatro linhas e prevaleça aquele mais competente, afinal de contas futebol nunca foi um esporte justo, não há que se dizer que vença o melhor.

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