quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Chegando lá na Ilha do Retiro

Dia de jogo! Esse sempre é um dia especial e sempre que abro o guarda roupas eu olho todas as camisas do Sport que estão penduradas e fico pensando com qual eu vou. Não me considero  um torcedor muito supersticioso, mas ainda assim eu sempre fico com um pé atrás em escolher a camisa dourada da Libertadores, pois sempre que eu vejo um jogo com ela, seja no estádio ou na TV, o desempenho do Leão é decepcionante. Então escolho a camisa preta, que era 3ª em 2008, pois foi com ela que fui a todos os jogos quando o Sport foi campeão da  Copa do Brasil. Próxima parada: buscar minha noiva e seguir para a Ilha do Retiro.

Quem mora em Recife sabe quão complicado é o trânsito, mas o trajeto entre Casa Amarela e a Torre não é dos mais complicados já alguns atalhos permitem que se livre muito dos engarrafamentos. já na Real da Torre em sentido ao caldeirão rubro negro nos dias de jogo o fluxo não é dos mais encorajadores. O percurso entre o mercado da Madalena e o final da Caxangá não tem mais do que 2km e muitas vezes demora-se de 30 a 40 minutos para percorrê-lo, mas como diz a própria nação: Pelo Sport tudo! Conseguimos chegar a rua José Gonçalves de Medeiros e nela já é possível ver inúmeros torcedores que vão a pé, assim muitos grupos das organizadas que já chegam cantando seus gritos de guerra. 

Finalmente chegamos em frente à sede do clube,  mas ainda há de resolver um problema: estacionar o carro. Ruas estreitas e com poucas opções de estacionamentos pagos podem se tornar um pesadelo para deixar o carro se o torcedor não chegar com uma boa antecedência. Depois de estacionarmos o carro perto do estádio e seguimos pelo portão que dá acesso aos campos de futebol society, onde muitos querem é jogar sua peladinha e tomar uma cerveja ao invés de ir assistir à partida. Ao entrar na área do clube percebe-se que o seu espaço está tomado por carros estacionados em qualquer espaço mínimo possível, pouco importando se a fila é dupla ou tripla. A única coisa que importa é ver o Sport jogar.

Passamos pelo ginásio Marcelino Lopes, verdadeiro ponto de encontro de torcedores antes das partidas do Sport, onde muitos carros estão com malas abertas com o som ligado tocando as músicas do rubro negro pernambucano. O ginásio é rodeado de árvores e dele é possível ver o campo auxiliar onde os jogadores fazem seus treinamentos diários. Infelizmente por essa entrada não é possível passar pelo meio da sede do clube onde a tradicional charanga que fica sempre nas sociais da Ilha já aquece quem passa para ir ao jogo. Depois seguimos para a entrada das cadeiras na “curva do Dubeux”, área de cadeira construída a alguns anos, que foi supervisionada pelo então diretor e atual presidente, Gustavo Dubeux. 

Ao passar pela revista dos policiais, já nos deparamos com a grade onde estão localizadas as catracas que dão acesso a escada para chegar dentro do estádio. No entanto, é possível ainda acompanhar a saída dos jogadores do Leão do apart hotel do estádio, que fica ao lado da entrada para as cadeiras, para as vestiárias. Ao subir os degraus chega-se a um vão amplo onde ficam os banheiros, como também o bar e a barraca de lanche. Mais quatro degraus e a primeira visão que se tem é a da arquibancada frontal, onde ficam a maioria dos torcedores pagantes que não são sócios. Aproveito para dar uma olhada geral no estádio, para ter a certeza que ele ainda é o mesmo. Dou uma olhada cuidadosa na Torcida Jovem, que sempre anima muito o time. A etapa final é subir mais uns degraus para as minhas cadeiras. Sento-me com minha noiva. Agora é abrir ala que o Sport vai jogar!

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