Em tempos de futebol midiático, jogadores que mais são super astros e, a partir dos quatorze anos o tempo que falta para o fim da carreira já começa a ser contado, os empresários estão sempre buscando um lugar ao sol para os seus clientes.
Indignado com as broncas públicas
e um futebol sem a qualidade esperada, o empresário do meia Lucas do São Paulo
disse que o camisa sete do São Paulo era uma Ferrari, mas o motorista, Emerson
Leão, não sabia como dirigi-la.
Em primeiro lugar, se há jogador
no mundo que possa ser comparado a o cavalino rapante de Maranello esse é
Lionel Messi. A não ser que Wagner Ribeiro esteja se referindo à equipe de
Fórmula 1, que anda brigando pelas posições intermediárias do grid de largada. Neste
caso, o Senhor Empresário estaria fazendo um verdadeiro desserviço com seu
cliente.
Por mais que se torça pela equipe
italiana ela parece caminhar a passos largos para se tornar uma equipe média,
apesar de sua enorme tradição no automobilismo. O Lucas está mais para uma
Mercedes, cuja aparição meteórica com o nome de Brawn GP, elevou o time de Ros
Brawn ao título de 2009 e foi seguido de uma queda até se estabilizar e voltar
a crescer.
A repercussão das discussões com
Leão provavelmente não teriam tanto espaço nos holofotes se o treinador fosse o
Muricy ou o Abel, mas o comandante do tricolor paulista tem um passado que o
condena por diversos desentendimentos com jogadores e jornalistas; Ele barrou
Carlos Tevez no Corinthians simplesmente porque no time dele argentino não joga.
O jeito grosseiro do “professor”,
seu apego as suas convicções de forma absoluta e a falta de resultados não só
com os times que comandou, mas também com jovens talentos nos últimos três ou quatro
anos não o credenciavam de imediato a uma vaga no tricolor paulista cujo elenco
contém um grande número de atletas que se estão no começo de uma carreira
profissional.
Após o clássico com o Santos no
último domingo analistas e comentaristas perceberam em Lucas um jogador mais
consciente que não prendia tanto a bola e serviu bem os companheiros. A bronca
do técnico parece estar surtindo efeito; essa história de mimar atleta
profissional tem que acabar.
É preciso saber como lidar com os
diamantes brutos e transformá-los em pedras preciosas e um puxão de orelha pode
valer muito mais que um afago. Se alguém tivesse feito isso com o Adriano e com
o Diego anos atrás quem sabe o destino deles não fosse diferente.
Eu tenho certeza que o projeto de
Ferrari que o São Paulo tem no seu box está mais perto de chegar a um nível
ótimo se comparado ao modelo oficial que foi à pista de Melbourne para a
primeira etapa do campeonato da categoria em 2012. O piloto é bom só precisa de
mais alguns ajustes aerodinâmicos.
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