sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A alegria de uma Multidão

O clima de carnaval já entorpece os recifenses desde o mês de janeiro quando as prévias e aquecimentos, para a maior festa popular da cidade, botam os blocos nas ruas e os foliões para dançar ao som do frevo. Todavia, todo esse entusiasmo com a festa de Momo foi dividido, nesta última semana, com o futebol, mais precisamente o Clássico das Multidões, que levou mais de 45.000 pessoas ao Arruda para ver o maior clássico do Estado. A folia ficou por conta dos torcedores porque dentro de campo o jogo foi encarado com muita seriedade pelas duas equipes, cujas escalações só foram divulgadas poucos minutos antes das equipes entrarem em campo, desrespeitando não só o regulamento como também jornalistas e torcedores.

Denis Marques ficou preso na marcação rubro negra
O Santa veio armado com uma postura mais defensiva, contando com Denis Marques mais a frente sendo munido por Luciano Henrique e Flávio Recife, já que Carlinhos Bala foi recuado para fazer a função de terceiro homem de meio campo à frente dos volantes. Zé Teodoro colocou Everton Sena para ser a “sombra” de Marcelinho Paraíba durante todo o jogo e não deixar o camisa 10 do Sport jogar.

O Sport vinha com três modificações com relação ao time que enfrentou o Porto na Ilha do Retiro; Renê reassumiu a lateral esquerda, Rivaldo voltou ao meio de campo e Jael fez a sua estréia com a camisa nove do rubro negro. Depois de receber severas críticas de dirigentes, torcedores e imprensa por improvisar jogadores fora de suas posições de origem, o comandante leonino resolveu simplificar e colocar as peças em seus lugares de origem. 

Jheimy comemora o primeiro gol do Sport

A partida começou truncada, com muita disputa no meio sem que nenhuma dos times levasse maior perigo à meta adversária. Luciano Henrique, Diogo e Memo começaram bem a partida e faziam o jogo do tricolor fluir bem, mas esbarrava sempre em uma defesa bem armada por Mazola; a solução foi tentar os arremates de fora da área que não chegaram assustar o goleiro Magrão. O Sport, por outro lado, se apresentava mais organizado taticamente, no entanto, não conseguia evoluir seu jogo, pois seu camisa 10 estava muito marcado e os laterais não estavam dando conta em desafogar o jogo. 

Marcelinho Paraíba deixou sua marca
No primeiro vacilo de Everton Sena, Marcelinho disparou pela direita tocou para Jael, livre, chutar para a boa defesa de Diego Lima. A partir do momento que Rivaldo e Marquinhos Paraná começaram a sair para o jogo os espaços na defesa tricolor começaram a aparecer e foi aproveitando essas brechas que Paraná cruzou da direita na cabeça de Jheimy, que fez 1x0 para o Sport. Carlinhos Bala, Flávio Recife e Denis Marques foram peças nulas na equipe coral tanto que os dois primeiros nem voltaram para o segundo tempo e o terceiro, até que lutou, mas mostrou que o período de inatividade ainda pesa em seus ombros. Se 

Mazola acertou a mão em acertar o time, que culminou na melhor apresentação feita pela esquadra leonina em 2012, o mesmo não se pode dizer de Zé Teodoro. O treinador do Santa errou na escalação do time e deixou no banco dois dos mais habilidosos jogadores do elenco: Renatinho e Léo. O time poderia render mais com o primeiro jogando na lateral esquerda, no lugar de Dutra, e o segundo na vaga de Flávio Recife, para adiantar Carlinhos Bala para uma posição na qual ele é mais eficiente. 

Uma boa vitória para dar confiança ao time e estabilizar, por hora, o técnico do Leão da Praça da Bandeira. Para o Santa Cruz não há prejuízos maiores ou início de crise, pois não se pode ganhar sempre. Cabe ao Sport não achar que a ótima apresentação no clássico seja motivo de conforto e ao tricolor do Arruda serve de lição que, às vezes, a defesa não é melhor tática. A alegria do Sport só dura até o próximo encontro, desta vez na Ilha do Retiro, quando ou o Leão reafirma sua supremacia ante o rival ou sucumbe à sua força.

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