terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Janeiro de Grandes Espetáculos

O começo do ano para os futebolistas brasileiros é lento, feito, com muita boa vontade, em segunda marcha. O público tupiniquim tem que se deliciar é com o futebol no velho mundo e com outros esportes, já que no mês de janeiro os campeonatos estaduais, principalmente no começo, não empolgam o grande público, salvo raras exceções. Mas enquanto os gramados brasileiros ainda se recuperam da ressaca do réveillon, grandes torneios de esportivos estão a todo vapor e o espectador brasileiro se “aquece” para a nova temporada acompanhando as estrelas internacionais pela televisão.


Aldo mantém cinturão dos peso pena do UFC
O primeiro mês do ano tem sido de grandes espetáculos mundo afora, a começar pelo UFC 142 no Rio de Janeiro. A maior competição de MMA do mundo teve como principais atrações os brasileiros Vitor Belfort, que finalizou Anthony Johnson com um mata leão, e José Aldo que manteve o cinturão dos pesos pena com uma bela joelhada no melhor estilo street fighter. O sucesso dessa segunda edição brasileira do evento foi tamanho que São Paulo está sendo cogitada para receber o desembarque da trupe de Dana White para mais uma noitada de chutes e pontapés dentro do octógono mais famoso do planeta.

Na seara futebolística, o ano já começou com dois embates, mais que fantásticos, entre Barcelona e Real Madrid, tendo o time catalão levado a melhor mais uma vez. Assistir a esse super embate levou a uma reflexão: o time catalão parece uma orquestra tocando uma sinfonia de Beethoven ou Tchaikovsky – os zagueiros parecem os percursionistas que dão fundo e sustentação à peça, já os meio campistas seriam as madeiras que oferecem classe e leveza na transição entre uma parte e outra do campo. Há, ainda, o pianista Valdes que dá um tom de fundo com performances solo transformadas em defesas incríveis. O primeiro violinista Lionel Messi, com solos que encantam fãs ao redor do mundo, é o chefe da orquestra se subordinando apenas ao maestro Guardiola.
Sérvio levanta o troféu do primeiro Grand Slam de 2012

Por último, mas não menos espetacular, os amantes do esporte assistiram a um esporte cujo palco não deve nada ao dos maiores teatros do globo: o tênis. Roger Federer, Rafael Nadal, Andy Murray e Novak Djokovic presentearam os espectadores com duelos históricos. Nem mesmo uma parceria entre Meryl Streep, Clark Gable e Sir Sean Connery dirigidos por Woody Allen não fariam a platéia que estava em Melbourne sentir deleite maior. A semi final entre Nadal e Federer foi digna de um confronto entre dois tenistas que ocuparam o mais alto posto do ranking. 

O jogo entre Djokovic, atual nº1 do ranking mundial e o Inglês Murray, o 4º melhor do mundo, durou 5 horas, teve duas viradas e foi muito comemorada pelo sérvio que está em uma fase onde até seus erros são acertos. A final entre Rafa e Novak foi espetacular: durante quase 6 horas viu-se um estafante desafio em que o jogo físico e agressivo do espanhol Nadal não foi suficiente para evitar o tricampeonato do melhor tenista do mundo e acabar com a sua freguesia ante o sérvio, que já dura oito finais consecutivas. Se este foi apenas o primeiro mês do ano, 2012 promete muitas, e fortes, emoções.

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