segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Isso é só o começo

Não foi a estréia que se esperava. A seleção de Mano Menezes ficou muito aquém do esperado por toda a expectativa que há com relação às novas jóias do futebol brasileiro. Ganso e  Neymar não produziram nem 20% do que, normalmente, fazem pelo time do Santos. É obvio que não é correto já começar a jogar pedras e chamar esse ou aquele de amarelão, como também dizer que o técnico é burro, até porque se existe alguém preparado para assumir a Seleção Brasileira, este é Mano Menezes. Já levantou dois gigantes que caíram para a Série B, levou o Grêmio à final da Libertadores, foi Vice-Campeão da Copa do Brasil em 2008 e depois Campeão em 2009, ambas pelo Corinthians Paulista.
Quando eu era adolescente, me lembro bem das goleadas de 6, 7, 8 gols do Brasil sobre a Venezuela. Lembro do massacre de Careca, do golaço de Ronaldinho Gaúcho. Essa é a minha memória venezuelana. Parece que quanto mais afunda na ditadura do Presidente Hugo Chavéz mais cresce o futebol no país sulamericano que tem como esporte número 1 o baseball. É evidente a evolução em termos táticos e técnicos do nosso vizinho do norte, mas esperar não menos do que uma convincente vitória diante dos venezuelanos é desmerecer o futebol brasileiro, ainda muito superior.
Tudo bem, concordo com essa história de que não há mais bobo no futebol. As equipes mais fracas armam esquemas ultra defensivos e se tiverem uma única chance de fazer um gol será ela aproveitada (ou ao menos tentada). Esperar uma Venezuela assim não é nenhuma surpresa, mas sim um Brasil apático com jogadores sem movimentação, só esperando a bola no pé. Pareciam sem disposição, salvo raras exceções, sem vontade de correr, brigar. Pareciam mais estar cumprindo uma obrigação de jogar do que um prazer, um orgulho de representar a Seleção Brasileira. Mano é um técnico que cobra muito dos seus atletas e não de deixar os atletas fazerem corpo mole. Ele já vem testando algumas mudanças nos treinos da semana.
É necessário ter ainda um pouco de paciência com esse time time, que ainda está sendo arrumado. Agora, é válido ressaltar que, em parte, o Dunga tinha razão. Ganso e Neymar tremeram, sentiram a responsabilidade na estréia da Copa América, imaginemos na Copa do Mundo, como não seria? O ex-técnico da seleção pode até ter errado em muitos outros aspectos, mas neste, especificamente, parece que não. Esperemos cenas dos próximos capítulos.

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